A associação de uma referência visual a qualquer contexto de transmissão de conhecimento é uma necessidade humana para agilizar sobremaneira a compreensão e assimilação de um domínio até aí desconhecido.
A simbiose entre a descoberta científica e o seu registo gráfico (codificação) constitui um fenómeno cognoscitivo e retentivo que facilita o entendimento/perceção da realidade.
Em linhas gerais a Comunicação Científica desdobra-se em dois discursos — o literário ou descritivo (texto) e o visual ou gráfico (imagem ou ilustração, seja fotografia ou desenho/pintura/infografia), os quais podem ser apresentados de forma isolada e independente, ou simultaneamente de forma estática (artigos, posters, revistas, livros, etc.) ou dinâmica (animação, video, etc.).
Por norma, os canais de comunicação com intenções cosmopolitas/universalistas, são, no sentido estrito, as revistas da especialidade científicas e os manuais técnicos (direccionados para o universo dos investigadores), e, no sentido mais abrangente e de difusão, as publicações de divulgação científica (destinados ao grande publico).
Desde as primeiras epopeias expansionistas às mais recentes expedições científicas, a representação desenhada do objeto de estudo (modelo real ou interpretativo) constituiu prova de existência (ver para acreditar, constatar), gera proximidade (ver para contatar) e permite a divulgação/propagação da descoberta/conquista — a ilustração científica, independente da forma e evolução face ao progresso, é parte crucial em todo o processo.